A doença carotídea aterosclerótica é uma enfermidade
na qual essas artérias apresentam deposição, lenta e
progressiva, de colesterol e cálcio em suas paredes, configurando a
formação das placas ateroscleróticas. Estas podem reduzir
o aporte sanguíneo cerebral além de favorecer eventos embólicos,
ou seja, a migração de pequenos fragmentos de trombos, ou mesmo
placas, para o território intracraniano (frequente causa de AVC - derrame).
Quando essas artérias se estreitam caracteriza-se a estenose carotídea.
Entre os fatores de risco para a obstrução das artérias
estão:
• Pressão sanguínea alta (Hipertensão Arterial
Sistêmica) - PRINCIPAL
• Diabetes
• Tabagismo
• Cardiopatia
• Colesterol e seus derivados não controlados (Dislipidemia)
• Alto consumo de álcool
• Doença renal, especialmente naqueles em hemodiálise
• Consumo abusivo de cocaína
• Histórico familiar de AVC (derrame)
• Idade avançada
• Alterações anatômicas
Fumar aumenta o risco da maioria dos tipos de derrame. Os indivíduos
que fumam um maço por dia apresentam o dobro de risco de sofrer um
derrame, em comparação com não fumantes.
Duas doenças incomuns chamadas Síndrome de Marfan e Displasia
Fibromuscular (crescimento ou desenvolvimento anormal de células nas
paredes das artérias carótidas) também podem causar o
estreitamento das artérias carótidas.
Durante a consulta pesquisamos desde os fatores de risco até alterações
no exame físico, como sonoridade (sopro) alterada no fluxo arterial
que possam sugerir uma estenose.
Após suspeita no exame físico, buscaremos através de
exames de imagem específicos confirmar o diagnóstico e o grau
de obstrução orientando-nos quanto a conduta a ser tomada.
Os exames de maior acurácia disponíveis na atualidade são:
• Ultrassom
Doppler das artérias carótidas e vertebrais (avaliação
da morfologia de placa e velocidades de fluxo)
• Angio-Ressonância magnética (ARM) Cervical e Intracraniana
• Angio-Tomografia computadorizada (ATC) Cervical e Intracraniana
• Angiografia digital Cervical e Intracraniana (Cateterismo diagnóstico)
O tratamento da estenose carotídea consiste na redução
dos fatores de risco como:
• Abolição do tabagismo
• Controle da dislipidemia
• Controle rigoroso do diabetes (glicemia)
• Controle dos fatores de risco
• Medicação como: antiagregantes plaquetários e
estatinas
Nos casos de estenose severa das carótidas condutas cirúrgicas
devem ser tomadas para se evitar o derrame que em alguns casos pode ser fatal.
Dispomos em nossa equipe de cirurgiões vasculares e endovasculares
especializados para realização de ambas as técnicas disponíveis:
• Angioplastia Carotídea com Stent (Cateterismo Terapêutico)
• Endarterectomia Carotídea (convencional por incisão
cirúrgica)
Pré tratamento:
Pós tratamento:
Cada caso é selecionado individualmente e discutido por nossa equipe
com toda a gama de exames disponíveis mais modernos para que o melhor
resultado seja alcançado, definindo assim o tipo de procedimento a
ser realizado.